Auxilio visual para aulas de Leite – ECONOMIA FINANCEIRA – UFPB: 2000. |
7.2 – CARACTERÍSTICAS DA CURVA DE RENTABILIDADE |
1 . Conceitos de estratégias
de prazo |
1.1 – Opções de prazo – Para um determinado prazo de aplicação (n), um investidor poderá investir seus recursos pelo prazo total “n” ou por frações desse prazo que, somadas, totalizem o prazo de aplicação. Para um prazo de 3 mêses, há as seguintes estratégias: a) T(0-3) = Aplicação do presente (t=0) até o fim de prazo (t=3) b) T(01) + T1-2) + T(1-3) = Aplicação períodos sucessivos de um mês cada. b) T (01) + T(1-3) = Aplicação por um mês, seguida de aplicação por dois meses. c) T(0-2) + T(2-3) = Aplicação por dois meses, seguida de aplicação por um mês.
1.2 – Arbitragem: Se as diferentes estratégias de prazo produzirem rentabilidades diferentes ao final do prazo de aplicação, um processo de arbitragem deverá entrar em funcionamento, restaurando a igualdade de rentabilidade para as diversas estratégias de prazo. |
2. Taxas de juros da
Curva de Juros |
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2.1 – Tipos de Taxas: Há dois tipos de taxas de juros associados à curva de rentabilidade: a) Taxas observadas (tRn): São as taxas de rentabilidade prevalecentes para transações realizadas em determinado dia “t”, correspondente ao início do período de referência da taxa, onde “n” representa o prazo a decorrer até o vencimento do título. b)Taxas futuras implícitas na curva (tFn): São as taxas futuras implícitas na curva de juros que interligam os períodos entre as taxas observadas,. que se inicia em “t” e tem prazo de duração “n” 2.2 – Relação entre as taxas: As taxas futuras (tFn) estão implícitas nas taxas observadas de prazos diferentes e interligam os prazos entre duas taxas observadas quaisquer por meio da equação: (1 + tRn)n = (1 + tRn)n-1 (1 + n-1F1)
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3 . Taxas futuras:
determinação e interpretação |
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3.1 – Determinação: As taxas futuras embutidas na curva de juros entre dois períodos n-1 e n são calculadas com base nas taxas observadas para os dois referidos períodos, mediante utilização da seguinte fórmula: (1 + n-1F1) = (1 + tRn)n / (1 + tRn)n-1 3.2 – Interpretação: Uma seqüência de taxas futuras, assim calculadas, revelam as expectativas do mercado quanto ao comportamento das taxas no período indicada pela curva de juros.
Prazo |
4.
Interligação entre taxas observadas e futuras |
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4.1 – Interligação: As
taxas futuras e observadas estão interligadas Ligação das axas futuras impliciatas na curva de rentabilidade
2F1
1F1
oRn oRn-1
oRn-1
Prazo |
3. Fontes de
informação |
3.1 – Fontes de Informação. As taxas de desconto de títulos (tRn) são fornecidas pelas instituições encarregadas do registro das transações (ANDIMA, SELIC, CETIP) 3.2 – Disponibilidade: Somente, os títulos do governo tem prazos suficientemente variados (devidos aos leilões semanais e diversidade dos prazos de vencimento) para possibilitar a variedade de “n” necessária à conStrução da curva, conforme indicado na tabela abaixo. 3.3 – Curvas Espúrias – As curvas de juros construídas com base
na utilização de títulos diferentes para prazos diferentes não são boas
indicadoras das expectativas do mercado, pois contém o efeitos de outros
determinantes (risco, emitente, condições de pagamento, etc.). |
2. Teorias
Explicativas |
Há
três teorias explicativas das curvas de juros: 3.1 - Teoria das expectativas imparciais: Postula que a taxa futura "F" , implícita na
curva de rentabilidade (mFk,t), é a estimativa do mercado p[ara a taxa
de juros "p" (rô) que irá prevalecer na data prevista. r+mFk,t = t+mrn 3.2 – Teoria do prêmio de liquidez: Afirma
que as taxas futuras implícitas na curva (t+mFn,t) são estimativas tendenciosas das taxas efetivamente
previstas (t+mr1,t). A tendenciosidade corresponde a um prêmio de liquidez
(t+nL1,t) que o mercado
acrescenta à sua previsão da taxa de juros futura, isto é: t+mFn,t = (t+mr1,t) + (t+nL1,t) 3.3 – Teoria da segmentação de mercado: A
Teoria da Segmentação de Mercado sustenta que não há relação sistemática
entre as taxas de juros prevalecentes para títulos de prazos diferentes
devido poupadores e investidores que
têm prazos específicos (segmentados) para operar. |